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sábado, 4 de junho de 2011

Geografia da linguagem ponta - grossense

A Geografia da linguagem ponta – grossense:

Em 2010, o médico obstetra Dr. Alberto Olavo de Carvalho lançou o livro “ Caipiranaense – o dialeto paranaense” no qual estão ilustrados mais de mil verbetes falados tipicamente no Paraná; história e o significado dos verbetes estão contados em diversos micro-contos.
Realmente o dialeto paranaense é bastante particular e nem sempre compreendido por quem vem de outros estados. Até mesmo dentro do Paraná existem diversidades em expressões e sotaques. Falando em sotaques característicos, quem não é da cidade de Ponta Grossa muitas vezes estranha certas expressões utilizadas tipicamente por aqui.
Em 2009 o Professor Hein Leonard Bowles do Departamento de Línguas Estrangeiras da Universidade Estadual de Ponta Grossa lançou o livro “Jacu rabudo – a linguagem coloquial em Ponta Grossa” (http://www.camposgeraisemais.com.br/2009/12/14/livro-jacu-rabudo-retrata-sotaque-ponta-grossense/) ressaltando essas peculiaridades da linguagem princesina. Em “Jacu rabudo”, o autor procura caracterizar o sotaque de Ponta Grossa, por meio de expressões coloquiais que fazem parte do cotidiano.
Eis algumas expressões comumente usadas em nossa cidade

"Loco de baum" (quando algo é ‘excelente’);
“Que paia" (Que chatisse, que coisa ruim);
-"Bem capaiz loco véio...." ou “da onde rapaiz!” (expressão de admiração);
"Ade... capaiz !?!" (se alguém conta alguma coisa que você desconfia);
"Carcule, loco do céu..." (no lugar de: "imagine!");
"Fiz uma gambiarra"; "um xunxo"; "um xaxixo" (quando algo sai mal feito);
"Tira o zóio " (quando alguém começa admirar muito algo);
Palavrões clássicos: lazarento, fiá da mãe, fiá da pulícia, caipóra, animár véio, animár de teta, jacú, rabudo,e por aí vai!
"To que é a capa da gaita "  ou "ando meio esgualepado" (quando se está cansado);
"O que é que tá se abrindo?" (dando risada a toa);
"O tongo!!!!" (pessoa sem noção, abobada, que não compreende algo);
"Virado no guedes" (até hoje não entendi isso);
" Uuu Gaucho veio!"( só cumprimentar assim qualquer “tiozão” que eles respondem com aceno de mão bem soridentes...);
Falar "puiz óia, eu..." (Quando quer falar alguma coisa);
"Piorrr que é memo" (ato de confirmar algo);
”Fuja loco” (pessoa sem noção do que está se referindo e ninguém agüenta mais o chato);
”Mas é loco de jaguara..” (pessoa desocupada ou folgada demais);
“Crêendios pai” (exclamação quando algo dá errado);
Japona” (jaqueta de nylon);
“Relampiando” (relâmpagos);
“Vortiada” (dar um passeio, uma volta pelo bairro/cidade);
“Tunda de laço” ou “dar uma coça” (surrar alguém).


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